A Igreja e o Código Da Vinci

Vou assumir que já todos ouviram algo sobre este assunto e saltar a inexistente parte introdutório-explicativa deste post, o que nos levará imediatamente para a minha opinião:

A Igreja, não aceitando que os seus dogmas sejam postos em causa, nem mesmo num romance, e ignorando completamente a liberdade criativa e de expressão, criou uma tempestade num copo de água, com o que só conseguiu fazer publicidade gratuita ao livro e agora, ao filme, que defende que ninguém deve ver.

Outro facto interessante é que enquanto se ouvem ofertas de "Viagens ao Inferno", dirigidas por padres aos seus fiéis, alguns (pelo menos um padre... mas certamente existirão mais), dizem ir ver o filme, munindo-se da desculpa: "quero ver até onde o escritor Dan Brown teve coragem de ir". Yeah, right... Acham mesmo que alguém engole essa?
Estão é todos curiosos e roídos de inveja dos ateus e não-católicos que se podem enfiar numa sala de cinema com um gigantesco "poster" à entrada (que anuncia em letras garrafais O CÓDIGO DA VINCI ), com um bruto balde de pipocas e um "bidon" de uma qualquer bebida nociva, com os pés sobre a cadeira vazia da fila da frente e, sobretudo, sem qualquer sentimento de culpa!
Mas então, senhores padres, que incoerência é essa? O Inferno para quem assiste ao filme, não é? Cheira-me que querem uma viagem gratuita! Lembrem-se que a curiosidade matou o gato (ou será que foi atropelado?)