domingo, maio 21, 2006

Manifesto Anti-Todos

MORRAM os betos que têm aquele tique irritante de atirar a madeixa do seu cabelo-foda-se para trás dos olhos, que tentam se interessar ao máximo por surf e seus derivados rascos tipo skimming, que tratam os modelos dos Morangos com Açúcar por "o Toni dos morangos", que tentam andar de skate, que ouvem música muitah maluka tipo ska, que fazem colecção de telemóveis porque têm uns papás tão burros como eles (eles têm que sair a alguém);

MORRAM as miúdas fluorscentes que têm conversas sobre os ténis que compraram a 200€ e que no auge da sua estupidez descobriram que afinal estavam largos (porque a menina tem pé de Cinderela, não se esqueçam), e que têm estas conversas com o ar mais natural do mundo, como se aquilo interessasse um corno ao ser humano mais estúpido à face do planeta Terra;

MORRAM os pseudo-alternativos, que acham que por ouvir Red Hot Chilli Peppers (que por acaso não ouvem) são uns grandes conhecedores de música, que estão sempre de trombas para tudo e para todos porque, e passo a citar, "estão-se a cagar" (yooo \m/), quando na verdade estão-se a esmifrar para ser cool;

MORRAM os ultra-nerds que se acham os maiores porque estão em nível 563 e com uma Master-Hyper-Mother-Fucker Blade que tira +432 de ataque num jogo online qualquer;

MORRAM os que se acham intelectuais porque corrigem tudo e todos na maior lata e má-criação, e pior, porque acham mesmo que estão certos;

MORRAM os velhos que só por serem velhos julgam-se detentores da verdade absoluta, quando na verdade estão desactualizados;

MORRAM os deficientes que por serem deficientes acham que podem andar por aí a dizer o que querem, porque se alguém lhes disser alguma coisa são imediatamente crucificados por terem tocado com um dedo na sua frágil alma de menino "especial";

MORRAM os gays espalhafatosos, porque não somos obrigados a ir ao grego porque eles acham que têm o direito de andar por aí a fazer as maiores nojices imagináveis;

MORRAM os fanáticos religiosos, e os fanáticos ateus também;

MORRAM os empregados de escritório que se passeiam pelo Colombo aos bandos, que andam todos com o mesmo fato cinzento, que têm cabelinho curto com gel e um papo abaixo do queixo, e que têm aquela coisa dos telemóveis pendurada na orelha, porque acham que têm montanhas de estilo com aquilo;

MORRAM os preconceituosos em relação a países e culturas diferentes, que não fazem ideia da imagem de ignorantes e de burros como as portas que estão a passar;

VIVA os realmente genuínos, que não lhes interessa quais são as modas ou as tendências às quais toda a carneirada está presa conscientemente e deliberadamente, e que por isso são realmente felizes!



Uf, a dor de estômago passou.

7 comentários:

belard disse...

Depois hás de me explicar exactamente o que tens contra cada um desses grupos de pessoas, que representam cerca de 99% da população mundial. Nomeadamente, pessoas com cabelo à foda-se.

Grungy Munchy disse...

Está explícito no texto ._.'

Ju_prsna_bradavica disse...

E morram os que gozam com colegiais, que costumam ter uma mente "buéda aberta", mas quando se aproxima alguém de farda, não conseguem evitar o seu comentário da praxe ou o belo do olhar de espanto, como se estivessem perante uma aberração da natureza.

Hugo Picado de Almeida disse...

Cá eu não tenho nada contra as colegiais :) Bem pelo contrário!

Mokas disse...

bode expiatorio, controle-se. Para alem disso, tenho muito pena por me inserir em muitos destes grupos. :\ será que mereco mesmo morrer? oh my god!

Diana disse...

Conclusão: quem é que não merece morrer?

belard disse...

Ninguém. A prova disso é que toda a gente morre.